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domingo, 4 de dezembro de 2016

Às vezes no silêncio da noite...

eu penso que tu finalmente te resolveste na vida e me ligas. Não sei se voltaria para ti ou se alguma vez iria ser como antes. Na verdade não sei se queria que me falasses, isso iria despertar tantas memórias e acima de tudo sentimentos e eu não tenho a certeza que quero abrir essa caixa de Pandora. Às vezes tenho saudades de um abraço, de uma piada tua que me faça rir, daquela forma de me apoiares e de gostares de mim como eu era: pequena e ligeiramente psicótica. Às vezes sinto falta de te dizer como correu o meu dia, da forma como me correram as coisas, daquela mensagem a meio da tarde a perguntar como estou, o "conduz devagar", o "tem cuidado". Saudades daquelas coisinhas que ninguém liga.

Eu tenho quase a certeza que nunca vou encontrar alguém como tu foste para mim: o quase perfeito, o quase na hora certa. Mas, feliz ou infelizmente, eu não sou feita de quases, eu preciso de tudo a que tenho direito e não vou parar enquanto não encontrar isso. E eu sei, acredita que sei, que o meu perfeito anda por aí.

Apesar de tudo, eu quero saber se estás bem. Se vires isto, diz qualquer coisa.

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